De tudo, ao meu amor serei atento,
Antes e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmoem face do maior encanto
Dele se encante mais o meu pensamento
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu
Canto e rir meu riso e derramar meu
Pranto ao seu pisar ou seu contentamento
E assim, quanto mais tarde me procurar
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja mortal, posto que é chama mas que seja infinito enquanto dure...
(Vinicius de Moraes)
quarta-feira, 6 de junho de 2007
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